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RELAÇÕES ENTRE ALIMENTAÇÃO, OBESIDADE, PERDA DE PESO E CONSUMO EM REVISTAS FEMININAS Shirley Donizete Prado, Eliane Portes Vargas, Maria Claudia da Veiga Soares Carvalho, Francisco Romão Ferreira, Cristiane Marques Seixas, Fabiana Bom Kraemer Resumo Objetivo: Compreender sentidos e significados presentes no intricado emaranhado de mensagens sobre alimentação, obesidade e perda de peso presentes em revistas que se dirigem a mulheres de camadas pobres que emergem ao consumo na sociedade brasileira. Metodologia: Os dados foram coletados nas revistas VIVA! Mais e Sou mais eu!, publicadas, semanalmente, durante o ano de 2014. Destaca-se as seções que tratam de dieta com vistas à perda de peso. Resultados e Discussão: Identifica-se a racionalidade nutricional orientada por processos de medicalização da alimentação e farmacologização da comida por meio de expertises que, apoiados na legitimidade científica, operam na divulgação de produtos similares a fármacos em matérias e publicidade. O autocontrole visando a alcançar o corpo magro é estimulado a partir de valores e julgamentos morais por caminhos que desembocam na culpabilização do indivíduo. Voltadas para a construção de uma felicidade que se adquire no mercado, a mídia segue investindo na construção de novos códigos de consumo. O indivíduo inserido no mundo das grandes corporações de medicamentos, alimentos e editoriais vive seu cotidiano em face de relações de poder e de julgamentos numa espécie de obrigação moral de ser feliz. Conclusões: Movido a confiar unicamente em suas próprias forças, segue o indivíduo em seu processo civilizatório nessa hipermodernidade. Nas relações entre alimentação, obesidade, perda de peso e consumo, materializadas nesse lucrativo mundo editado das revistas, que buscam atingir as mulheres mais pobres. Se “Sou mais eu!”, então, é perfeitamente possível, fácil e simples que eu “Viva mais!”. Uma vez presa dessa teia de significados, consome-se Mais! e por muito Mais! tempo. DOI: 10.12957/demetra.2016.26514 Texto completo: PDF #Ler mais...